Os meios de comunicação exercem uma
influência muito grande sobre toda a sociedade organizada de qualquer país do
mundo. Não é diferente no Brasil. Todos os meios durante a história exerceram
algum tipo influência sobre a população, desde os jornais a serviço da família
real no século XIX, ao rádio que Getúlio Vargas usou para se eternizar no poder
durante o Estado Novo, à televisão em que se tem como exemplo a Rede Globo, que
para se manter durante a ditadura militar, se aliou a ela, e a internet, que
atualmente conta com milhares de sites, possibilitando aos que têm acesso à
rede, plena liberdade expressão, por meio de blogs, sites, e redes sociais.
Diga-se que tudo o que é publicado nos
meios de comunicação, é dado como verdade. Pode até ser, ou não. Mesmo com a
internet, apesar de possibilitar às pessoas o acesso à informação, como por exemplo,
qual apresentador de TV sai de uma para apresentar em outra emissora, ou qual
famoso está adotando uma criança, nem sempre se consegue saber se aquilo é
verdade, até porque já vi que blogueiros publicaram boatos como se fossem
verdade, e o público que leu a notícia acreditou. É um grande erro acreditar em
tudo que sai na imprensa, o receptor também precisa investigar o que realmente
é verdade, o que é fato ou boato.
A mídia está presente na vida de quase
todos os povos no mundo, e pode tanto influenciar positiva quanto
negativamente. A televisão – o meio mais globalizado - que apesar de apresentar
uma informação mais superficial, pode ajudar uma dona de casa a fazer um bolo; informar
um estudante de até quando ele pode se inscrever no vestibular; informar sobre
os riscos do automedicamento, entre outros fatores. O rádio, com seu
imediatismo, orienta o motorista a trafegar pela via arterial com menos congestionamento.
O jornal apresenta-se como o meio em que a informação é mais apurada, e o
leitor consegue ter mais detalhes sobre a festa que vai à noite. A internet,
também imediata, informa a morte de seu ídolo, e provoca grande comoção.
Os pontos negativos da mídia estão em
informar crimes característicos de grandes cidades como São Paulo, por exemplo,
com a explosão de caixas eletrônicos, crime mais evidenciado em 2011. Esse tipo
de crime chegou a ter registro em Boa Vista, quando dois assaltantes invadiram
a prefeitura e explodiram um caixa. Aí entra o questionamento: será que se a
mídia nacional não tivesse noticiado esse crime em São Paulo, aconteceria o
mesmo crime em Boa Vista? Eu acredito que a mídia tem sua parcela de culpa. Os
bandidos também aprendem a cometer novos crimes. Mesma coisa quando publicam
que uma mulher cometeu suicídio por estar em depressão porque o marido traiu, e
a deixou, e ela usou dez pílulas de um remédio tarja preta para suicidar-se.
Logo, outra mulher na mesma situação, lê essa notícia, e começa achar que a solução
dos problemas é se matar. A mídia diante dessas publicações tem sim sua parcela
de culpa. Devido a esse fato em questão, boa parte dos noticiários locais e
nacionais decidiu não mais publicar notícias sobre suicídio.
São tantos outros exemplos que a mídia
exerce influência sobre a população. Não posso deixar de citar o caso de um dos
maiores golpe da edição da informação, quiçá da história da mídia brasileira,
sobre o debate para presidente nas eleições de 1989, em que Lula e Collor
disputavam a eleição. A Rede Globo de Televisão, líder de audiência em todo o
país, usou seu poder para denegrir a imagem de Lula e divulgar uma boa imagem de
Fernando Collor de Mello, um jovem, revolucionário, capaz de resolver os
problemas político-econômicos do Brasil. A Globo publicava as pesquisas de intenção
de voto apresentando Collor na frente. Collor foi eleito. Logo, durante seu
governo, passou por uma terrível crise econômica, e a poderosa emissora de
manipulação apresentava resultados de pesquisas de aprovação de seu mandato,
juntando ótimo, bom e regular, sendo o último o de maior porcentagem. No total,
a Globo apresentou que 79% dos entrevistados da pesquisa aprovavam mesmo diante
à grande crise econômica que o país passava no início da década de 90. Eu
particularmente não acredito em pesquisas amostrais, por isso sou a favor de
pesquisas que o IBGE faz, por exemplo, indo no maior número possível de
domicílios brasileiros. Acabou que esses 79%, digamos assim, foram as ruas -
como estão fazendo atualmente – pedir o impeachment do jovem presidente, que no
final de 1992 renunciou o mandato, assumido posteriormente por Itamar Franco.
Tenho quase 20 anos de idade, e faço
parte de uma geração que cochilou diante de tantas mazelas que o país ainda enfrenta.
Passou o “Mensalão do PSDB”, e o mais recente e mais famoso “Mensalão do PT” em
2005, e o povo dormindo não se manifestou pelo país nas referidas épocas.
Acredito que a mídia, além de ter divulgado maciçamente os fatos, deveria ir
além, convocar o povo brasileiro às ruas. Mas ficou calada, devido aos milhares
de interesses político-econômicos que estão por trás. Até calada, a Rede Globo
de Televisão exerce o poder de influenciar a população. Atualmente enfrentamos
a maior onda de protestos desde as “Diretas Já” e o pedido de impeachment de
Collor, e além de pedir mais qualidade na saúde, educação, transportes e outras
reivindicações, o povo parou para criticar o monopólio da informação, centrada
na líder de audiência, poderosa Rede Globo de “Manipulação”. A emissora quis
usar seu poder para divulgar que os manifestantes eram bandidos, mas na
verdade, eram uma minoria de vândalos. Apenas mostrava a cena de guerra nos
protestos que têm o intuito de serem pacíficos. Infelizmente, muitos aceitaram
essa informação, como falei acima, o que é publicado na mídia, é tido como
verdade. E a realidade não era essa. Esse fato se tornou mais um motivo de o
povo protestar, e as críticas agora também são direcionadas à Globo. A
emissora, bem como outras se renderam na cobertura dos protestos, até porque, o
povo é que manda no país, e já está cansado de tanta má influência que as
mídias proporcionaram aos brasileiros, que a cada dia estão mais inteligentes e
capazes de lerem jornal, ouvirem rádio, assistirem televisão, de modo a ter um
pensamento mais crítico sobre o que se publica.
O povo precisa
continuar a não aceitar a mentira nos meios de comunicação. É preciso protestar
contra os meios que exercem poder de influência sobre a população de maneira
negativa, e maquiada. É preciso mostrar o Brasil da maneira como ele é,
divulgando o que acontece de fato, envergonhando aquele político corrupto, os
superfaturamentos de obras de estádios, e entre outras mazelas. O Brasil
acordou, e vive a sua hora de não ficar calado. O povo manda nos políticos, nas
mídias, no país. Que continuemos com nossos olhares críticos diante da
influência dos meios de comunicação sobre nós.
parabéns, ótima reportagem
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirO que me fez vim aqui foi pq fiz uma redação e falava exatamente sobre isso, pensei para poder ser coerente na mh redação, mas achei essa mais elaborada. Parabéns! Se eu tivesse visto antes a mh ideia com certeza ia fruir mais.
ResponderExcluirParabens foi util pro meu trabalho de filosofia
ResponderExcluirMuito bom.
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