segunda-feira, 24 de junho de 2013

A influência da mídia brasileira sobre o povo


Os meios de comunicação exercem uma influência muito grande sobre toda a sociedade organizada de qualquer país do mundo. Não é diferente no Brasil. Todos os meios durante a história exerceram algum tipo influência sobre a população, desde os jornais a serviço da família real no século XIX, ao rádio que Getúlio Vargas usou para se eternizar no poder durante o Estado Novo, à televisão em que se tem como exemplo a Rede Globo, que para se manter durante a ditadura militar, se aliou a ela, e a internet, que atualmente conta com milhares de sites, possibilitando aos que têm acesso à rede, plena liberdade expressão, por meio de blogs, sites, e redes sociais.

Diga-se que tudo o que é publicado nos meios de comunicação, é dado como verdade. Pode até ser, ou não. Mesmo com a internet, apesar de possibilitar às pessoas o acesso à informação, como por exemplo, qual apresentador de TV sai de uma para apresentar em outra emissora, ou qual famoso está adotando uma criança, nem sempre se consegue saber se aquilo é verdade, até porque já vi que blogueiros publicaram boatos como se fossem verdade, e o público que leu a notícia acreditou. É um grande erro acreditar em tudo que sai na imprensa, o receptor também precisa investigar o que realmente é verdade, o que é fato ou boato.

A mídia está presente na vida de quase todos os povos no mundo, e pode tanto influenciar positiva quanto negativamente. A televisão – o meio mais globalizado - que apesar de apresentar uma informação mais superficial, pode ajudar uma dona de casa a fazer um bolo; informar um estudante de até quando ele pode se inscrever no vestibular; informar sobre os riscos do automedicamento, entre outros fatores. O rádio, com seu imediatismo, orienta o motorista a trafegar pela via arterial com menos congestionamento. O jornal apresenta-se como o meio em que a informação é mais apurada, e o leitor consegue ter mais detalhes sobre a festa que vai à noite. A internet, também imediata, informa a morte de seu ídolo, e provoca grande comoção.

Os pontos negativos da mídia estão em informar crimes característicos de grandes cidades como São Paulo, por exemplo, com a explosão de caixas eletrônicos, crime mais evidenciado em 2011. Esse tipo de crime chegou a ter registro em Boa Vista, quando dois assaltantes invadiram a prefeitura e explodiram um caixa. Aí entra o questionamento: será que se a mídia nacional não tivesse noticiado esse crime em São Paulo, aconteceria o mesmo crime em Boa Vista? Eu acredito que a mídia tem sua parcela de culpa. Os bandidos também aprendem a cometer novos crimes. Mesma coisa quando publicam que uma mulher cometeu suicídio por estar em depressão porque o marido traiu, e a deixou, e ela usou dez pílulas de um remédio tarja preta para suicidar-se. Logo, outra mulher na mesma situação, lê essa notícia, e começa achar que a solução dos problemas é se matar. A mídia diante dessas publicações tem sim sua parcela de culpa. Devido a esse fato em questão, boa parte dos noticiários locais e nacionais decidiu não mais publicar notícias sobre suicídio.

São tantos outros exemplos que a mídia exerce influência sobre a população. Não posso deixar de citar o caso de um dos maiores golpe da edição da informação, quiçá da história da mídia brasileira, sobre o debate para presidente nas eleições de 1989, em que Lula e Collor disputavam a eleição. A Rede Globo de Televisão, líder de audiência em todo o país, usou seu poder para denegrir a imagem de Lula e divulgar uma boa imagem de Fernando Collor de Mello, um jovem, revolucionário, capaz de resolver os problemas político-econômicos do Brasil. A Globo publicava as pesquisas de intenção de voto apresentando Collor na frente. Collor foi eleito. Logo, durante seu governo, passou por uma terrível crise econômica, e a poderosa emissora de manipulação apresentava resultados de pesquisas de aprovação de seu mandato, juntando ótimo, bom e regular, sendo o último o de maior porcentagem. No total, a Globo apresentou que 79% dos entrevistados da pesquisa aprovavam mesmo diante à grande crise econômica que o país passava no início da década de 90. Eu particularmente não acredito em pesquisas amostrais, por isso sou a favor de pesquisas que o IBGE faz, por exemplo, indo no maior número possível de domicílios brasileiros. Acabou que esses 79%, digamos assim, foram as ruas - como estão fazendo atualmente – pedir o impeachment do jovem presidente, que no final de 1992 renunciou o mandato, assumido posteriormente por Itamar Franco.

Tenho quase 20 anos de idade, e faço parte de uma geração que cochilou diante de tantas mazelas que o país ainda enfrenta. Passou o “Mensalão do PSDB”, e o mais recente e mais famoso “Mensalão do PT” em 2005, e o povo dormindo não se manifestou pelo país nas referidas épocas. Acredito que a mídia, além de ter divulgado maciçamente os fatos, deveria ir além, convocar o povo brasileiro às ruas. Mas ficou calada, devido aos milhares de interesses político-econômicos que estão por trás. Até calada, a Rede Globo de Televisão exerce o poder de influenciar a população. Atualmente enfrentamos a maior onda de protestos desde as “Diretas Já” e o pedido de impeachment de Collor, e além de pedir mais qualidade na saúde, educação, transportes e outras reivindicações, o povo parou para criticar o monopólio da informação, centrada na líder de audiência, poderosa Rede Globo de “Manipulação”. A emissora quis usar seu poder para divulgar que os manifestantes eram bandidos, mas na verdade, eram uma minoria de vândalos. Apenas mostrava a cena de guerra nos protestos que têm o intuito de serem pacíficos. Infelizmente, muitos aceitaram essa informação, como falei acima, o que é publicado na mídia, é tido como verdade. E a realidade não era essa. Esse fato se tornou mais um motivo de o povo protestar, e as críticas agora também são direcionadas à Globo. A emissora, bem como outras se renderam na cobertura dos protestos, até porque, o povo é que manda no país, e já está cansado de tanta má influência que as mídias proporcionaram aos brasileiros, que a cada dia estão mais inteligentes e capazes de lerem jornal, ouvirem rádio, assistirem televisão, de modo a ter um pensamento mais crítico sobre o que se publica.

O povo precisa continuar a não aceitar a mentira nos meios de comunicação. É preciso protestar contra os meios que exercem poder de influência sobre a população de maneira negativa, e maquiada. É preciso mostrar o Brasil da maneira como ele é, divulgando o que acontece de fato, envergonhando aquele político corrupto, os superfaturamentos de obras de estádios, e entre outras mazelas. O Brasil acordou, e vive a sua hora de não ficar calado. O povo manda nos políticos, nas mídias, no país. Que continuemos com nossos olhares críticos diante da influência dos meios de comunicação sobre nós.

5 comentários:

  1. parabéns, ótima reportagem

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  2. O que me fez vim aqui foi pq fiz uma redação e falava exatamente sobre isso, pensei para poder ser coerente na mh redação, mas achei essa mais elaborada. Parabéns! Se eu tivesse visto antes a mh ideia com certeza ia fruir mais.

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  3. Parabens foi util pro meu trabalho de filosofia

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