Foi o último dia que aqueles alunos se uniram. Depois do evento na escola, houve uma comemoração extra realizada independentemente pelos próprios ex-alunos. Infelizmente, este que vos escreve não pôde comparecer. Mas a certeza é que o dever na Fundação Bradesco foi cumprido. Saímos desta instituição de cabeça erguida, aprendemos nas grandes e pequenas coisas.
Foto: Alexandre Santos |
Entre 2007 e o fim de 2010, grandes coisas foram marcantes, que caberiam num livro de 500 páginas ou mais. Nunca fui para a diretoria, mas teve alguns momentos em que eu merecia ir. Nós alunos com certeza temos uma mania pessoal, como escrever na mesa e colocar o chiclete debaixo dela. Cada um teve o seu momento de fazer uma pequena ou grande coisa errada. Cada um sempre teve sua reclamação sobre certas normas escolares que tantos nos tormentou, cite a sua! Agora, eu tenho a plena certeza de que cada um teve sua reclamação direta a fazer da merenda. Eu particularmente me lembro da primeira merenda que eu sentei-me a mesa no dia 29 de janeiro de 2007, foi um mísero cachorro quente com suco de caju. Nunca foi uma novidade para os alunos, que sempre conviveram com este cardápio.
O momento criança de cada um de nós sempre foi na sala de informática. Quem é aquele que nunca burlou as regras do professor que levava os alunos à sala, com o intuito de pesquisar sobre sua disciplina, e você fazia tudo ao contrário? Olha só, eu estou me referindo a você, porque eu tenho a plena certeza de que isso sempre aconteceu!
Enfim, tantos outros momentos, tantas lembrança boas temos de nossa Fundação, aquela que eu antes de entrar, pensei que fosse um verdadeiro quartel, mas não deixa de ser, essa mesma vem com suas regras absurdas que sempre nos atormentou. Eu que pensei que todos os alunos eram tão quietos e comportados, mas quando eu entrei, meu preconceito virou conceito. Foi com os alunos mais bagunceiros que me fizeram dar grandes gargalhadas, e que me tiraram da extrema timidez que passei no início, e tornei-me uma pessoa um pouco mais extrovertida e comunicativa. Falei dos bagunceiros, mas é claro, aprendi com os inteligentes, principalmente com meu eterno amigo Fabrício Soares que tanto me ensinou e me ajudou, e me livrou de tantas notas 0. Quando eu saí, a ficha caiu, porque na universidade, eu pude perceber que não tinha mais o Fabrício para me ajudar, agora é cada um por si.
Enfim, depois de ter vivido tantos momentos, cada um seguiu seu rumo. Cada um realizou seu sonho de passar no vestibular, e aqueles que não passaram, seguiram outros rumos. O óbvio é dizer, que nunca mais teremos esses e tantos momentos marcantes outra vez. O que passou passou. Foi essa passagem rápida pela Fundação Bradesco que me fez entender que tudo aquilo que é “pra sempre, sempre acaba”. Eu que um dia achei que aquilo era para sempre.
Dedico este texto à Fabrício Soares, as gêmeas Jilande e Jileande Rodrigues, Nime Jô, Ivis Gadêlha, Klébson Souza, Daniel Reis, o casal Marcos e Andressa Damasceno, Ingreid Santos, Dayanne Mota, Ronildo Medeiros, Romário Pereira, Rebeca Pacheco, Thaíse Oliveira, Vanessa Franciely, Alexsandro Gaioso, Nayara Andrade, Jordânia, Josielma Dias, Bruno, Renilda, Viníciu Bonfim, Daniel Rodrigues, Jândria Sousa, João Loureto, Junielson Reis, Felipe Belo e tantos outros que não citei, mas considerem-se lembrados mesmo assim com esta singela homenagem de minha parte, no fundo do meu coração, vocês sempre estarão!
Professores: Edson, Denise Andrade, Aracy Andrade, Wender Ciricio, Bruno, Jhonathan Aguiar, Geisa, Valdirene, Francisca, e Rhayder Abensour.
Funcionários: Enilton, Alex, Núbia, Carlos, Vera, Madrice, Eva Vilma, diretora Márcia Helena, Eneogusto, Fernanda Mondardo, e Márcio.
Um ano de Formandos 2010, fomos com certeza turmas de 3º ano que marcaram a Fundação Bradesco de Boa Vista/RR.